O verão de 2011 foi um bom verão, refazendo foi um óptimo verão. Fiz uma viagem por Portugal por alguns sítios dos quais eu gosto muito. Fui a Évora, sempre emblemática, a Portalegre e à minha querida Covilhã. Foram 5 dias de viagem mas foi uma viagem maravilhosa. Foi maravilhosa por duas razões, primeiro a companhia e depois a os sítios visitados.
Foi uma viagem onde pude ver horizontes novos, algo emblemático e que também me fez despertar algumas recordações do meu tempo de estudante. Évora é uma cidade bonita por si só, e dessa cidade pouco e muito posso dizer. Algo que podemos percorrer a pé. Ver e rever os pontos de interesse ou aqueles que nos chamam mais a atenção. Algo que causa um sentimento de voltar atrás no tempo. O problema de voltar atrás no tempo são os automóveis com a sua arma mais irritante que conheço, a buzina. Vocês já imaginaram um automóvel sem buzina? Se calhar até é multado, não tenho a certeza, mas vejam o descanso que é sem ouvir aqueles sons estridentes e às vezes horripilantes. Eu compreendo o porquê das buzinas e como elas podem ser importantes. Acho que utilizei o verbo correcto "podem". Se calhar a culpa não é dos automóveis virem equipados com uma buzina, mas sim dos condutores que as utilizam. Em parte faz-me lembrar uma canção do Grabriel "O pensador". Ele tem uma música que fala das armas, onde entra um diálogo de uma bala a falar que a culpa não é dela, mas sim da pessoa que prime o gatilho. Neste caso é das pessoas que pressionam a buzina. Como eu fui criado numa aldeia, aos sábados à tarde ouvia naão uma buzina mas sim uma corneta. Era a padeira para receber o dinheiro do pão da semana. Esses sons já se foram perdendo. As voltas que este texto já deu, é assim a vida sempre às voltas. Nós às vezes parecemos uns contadores de histórias. Para responder a uma pergunta que demorava 2 minutos no máximo, damos uma volta de meia hora. Será que se pode chamar a esse contexto uma necessidade de socializar? Não vou ser a responder a esta pergunta. Continuando, vamos ver algumas fotos que fui tirando. Antes de chegar a Évora passei pelo castelo de Arraiolos, muito ao longe lá estava ele.
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Castelo de Arraiolos |
Como podem ver eu sou eximio a tirar fotos e com o enquadramento nem se fala. E para mostrar que existe electricidade para aqueles lados, até apanhei o fio de electricidade ou sera do telefone? Não interessa, é um fio de qualquer coisa.
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Praça do Giraldo. |
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Claustro da Sé de Évora. |
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Templo de Diana |
Estes foram alguns sítios que fui visitando. Depois de Évora foi a vez de parar em Portalegre. Desta vez só por algumas horas, mas com direito a guia pessoal. Foi a vez de almoçar com um amigo e colega de profissão. Foi bom ter mantido contacto e ter passado por mais uma terra alentejana. Depois disso foi a vez de chegar à Covilhã, mas com uma paregem na Barragem da Marateca. Nos meus anos de estudante passei algumas horas na barragem, não a tomar banho, mas sim a pescar. Muita carpa pesquei eu naquela barragem. Era uma delícia ver o animal a saltar para for da água depois de uma luta com o mesmo.
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Uma pequena parte da barragem Marateca. |
Depois foi a chegada à Covilhã, nada de fresca mas quente. Uma visita à torre, sempre obrigatória e um jantar no meio de amigos. Amigos de longa data que bom foi revelos. Parecia que estava novamente no meio da cidade. Cidade essa que eu gosto muito e me sinto bem. É daquelas cidades em que se pode sair a que horas se quiser e se consegue andar pela noite fora sem problemas. Noite barata e apetitosa, sempre bela e formosa. Mais para o verão uma temperatura amena e fabulosa para se estar na esplanada com uma loirinha na mesa ou uma ginginha sempre a acompanhar. É um sítio geográfico onde vou e sempre que posso regresso.
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O alto da torre nos montes Hermínios. |
Agora lembrei-me de uma canção, melhor de um fado, cantado pela Amália Rodrigues "Covilhã, Cidade de Neve". Ouvi várias vezes essa canção cantada pelas "Moçoilas" e pela "Orquesta Académica Já b'UBI e Tokuskopus". Como eram maravilhosos aqueles festivais académicos e Latada. E falando de música, depois foi o culminar de uma panóplia de música com este concerto na terra. Vejam se sabem quem é? Recebem um rebuçado directamente da Guiné-Bissau.
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Grande concerto e com copos. |
E foi assim mais um bocado da minha vida partilhada...