Desde do final de Abril que ando por terras lusas. Um pequeno problema de saúde, que já está identificado, forçou-me a fazer uma viagem a Portugal que não estava programada. Agora estou a esperar de regressar novamente a Bissau, entretanto vou seguindo as indicações do médico para resolver o problema de saúde. Vou andando pela praia, uma vez que moro perto dela.
Com esta viagem a Portugal que não estava programada, pude recordar e reviver sensações que já não sentia à dois anos. Sentir o cheiro e ver as cores da primavera, cheirar o verde da erva e cheirar a terra molhada. São tudo pequenas coisas que por muito que não possamos ligar a esse facto, acabamos sempre por recordar a mesma.
Com esta viagem a Portugal que não estava programada, pude recordar e reviver sensações que já não sentia à dois anos. Sentir o cheiro e ver as cores da primavera, cheirar o verde da erva e cheirar a terra molhada. São tudo pequenas coisas que por muito que não possamos ligar a esse facto, acabamos sempre por recordar a mesma.
Como uma das indicações do médico foi ir forçando aos poucos a articulação, tenho ido dar umas caminhadas à praia, uma vez que é um terreno que se molda ao pé e não exerce tanto impacto nas articulações e afins. Encontrei os instrumentos para efectuarem uma arte com bastantes anos. Desde que me lembro de ir à praia com a minha mãe, lembro-me de ver sempre esta arte. Os anos foram passando e alguns instrumentos foram modernizados, mas o seu essencial continua na mesma. O número de homens foram reduzidos e substituidos por um motor, os bois foram substituídos por tractores. Aqui ainda se exerce a ARTE XÁVEGA, coloco aqui algumas fotos dos instrumentos essenciais.
Aqui vê-se o barco e um reboque com as redes. |
As cordas que depois servem para puxar a rede. |
O saco da rede onde fica o peixe retido. |
O tractor é utilizado para puxar a rede em terra. |
Como associado ao mar também vem sempre o perigo, alguns destes pescadores colocam na proa do barco mais uma protecção, para que os ajude não só na viagem para largar a rede, mas também na quantidade de peixe que venha na rede.
Quando era pequeno e ia até à praia, via uma grande azáfoma à volta do barco. Vinham as juntas de bois, bois marinhos, para colocar o barco no mar, puxá-lo para terra depois da largada da rede e a posterior recolha da rede. Os barcos eram maiores e transportavam mais homens. Antigamente os barcos deslocavam-se a remos. Nas imagens em cima consegue-se ver os remos de grande envergadura.
Quando era pequeno e ia até à praia, via uma grande azáfoma à volta do barco. Vinham as juntas de bois, bois marinhos, para colocar o barco no mar, puxá-lo para terra depois da largada da rede e a posterior recolha da rede. Os barcos eram maiores e transportavam mais homens. Antigamente os barcos deslocavam-se a remos. Nas imagens em cima consegue-se ver os remos de grande envergadura.
Imaginem agora as vezes que o mesmo mar deu e continua a dar alimento as estas gentes. A quantidade de suor que escorreu pelos homens que remavam. São coisas de gente nossa.
Mas como tudo isto é feito na praia aqui fica mais umas fotos da Praia de Mira.
É assim que...
Então e para quando o regresso?
ResponderEliminarAfinal o que tinhas?
Beijinhos ;)