domingo, 21 de novembro de 2010

Ida a Cacheu

Na quarta feira passada fui até Cacheu. Cidade para mim umas das mais bonitas que eu conheço na Guiné-Bissau. Só o facto de ter um enorme espaço verde ao pé do antigo forte já é bonito o suficiente. No caminho, Bissau – Cacheu, encontra-se uma variedade de paisagem deslumbrante, temos uma “avenida de árvores” que proporciona uma sombra fantástica nos dia de calor intenso antes de chegar a Canchungo, antiga Teixeira Pinto. A seguir a Canchungo a paisagem muda completamente passamos a ver florestas de palmeiras principalmente palmeiras que dão o Ancol, é um fruto que mais tarde irei falar dele. Paisagens gloriosas é o que se pode encontrar por esta Guiné fora, terra de cor vermelha.
A ida a Cacheu teve um propósito, o de ir pescar, pois a última vez que estive lá, trouxe para casa uma corvina de 4,5 Kg. Indo com a mesma perspectiva desta vez, no entanto desta vez só foi mesmo com a perspectiva porque resultado nulo. Pescou-se bagre, esquilon e um peixe com um nome bastante peculiar chamado “manel caralho”.
A aparência não é a melhor, não é comestível, mas daí até ter o nome que tem é algo que dá que pensar. O que terá feito o peixe para ter tal nome? Já agora se o peixe tem esse nome como se chamaram os pais do dito cujo? Aqui estão algumas perguntas as quais vamos pensar e repensar um bocado, mas não muito.


Este é o manel.



Este é o bagre.



Em primeiro plano temos o esquilon.




Para terminar a pescaria toda, nem vos digo o isco que gastámos, camarão tigre para assar...

Cacheu foi o lugar onde os portugueses desembarcaram inicialmente. Também foi lá que foi instituída a primeira capital da Guiné. Numa visita anterior a Cacheu, tirei estas fotos do forte e do seu espaço circundante, não são as melhores, mas como não tenho nenhum curso de fotografia e nem sou grande amante, são as que são. No interior do forte existe várias estátuas da época colonial que foram desterradas para o interior das mesmas. Consegue-se ver umas peças de artilharia em bom estado de conservação, onde ainda se vê os símbolos da coroa portuguesa.










Uma das estátuas presentes no forte.











A vista exterior do forte.

O ano passado fui no meu cavalo de tróia até Cacheu. Até aqui tudo bem, no regresso matei uma galinha. Como os animais por estes lados andam à solta pela rua, galinhas, cabras, vacas, porcos, …, aquela galinha no momento exacto que ia a passar decide tentar passar pelo meio da roda da frente. Escusado será dizer que mesmo a roda tendo só seis raios, em andamento a galinha nunca conseguiria atravessá-los com resultados positivos. Assim sendo galinha morta e bicha do conta-quilómetros estragada. Assim que a galinha embateu na roda criou-se uma nuvem de penas. Quem é que disse que para caçar é preciso ter arma ou cão?  
Uma coisa posso dizer, gostei de Cacheu e hei-de voltar lá mais vezes. Digam o que disserem mas a Guiné-Bissau é terra amiga, acolhedora, de gentes simples e com paisagens fabulosas. Acho que cada dia que passo neste país um bocadinho de mim fica cá, um bocadinho de alma, de espírito, e até mesmo de suor. Além de ficar um pedaço meu por estas terras também levo uma riqueza muito grande comigo, cada dia fico a saber algo mais da cultura, dos hábitos e dos costumes. O que vale no meio disto tudo é que sou de estatura avantajada, logo por muito que dê ainda levo muito comigo. Matematicamente falando, as coisas devem ficar na mesma, deixo um bocado mas levo sempre mais qualquer coisa comigo.

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