quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Land Rover - Um Freelander na Guiné-Bissau

Como sabem eu trouxe para a Guiné-Bissau uma moto, a CBF 125, que até hoje não tive problema nenhum. Quer dizer problema só por parte do condutor que de vez em quando decide ir tirar o nível à estrada para ver como está. Ou será para ver a qualidade do alcatrão? Ainda estou para decidir qual das duas será. Também como sabem sou um apaixonado pela pesca e sempre que tenho oportunidade para ir pescar lá vou eu com as canas e com o material todo. Então agora estive num grande problema como ir à pesca de canas de moto? Decidi comprar um carro, neste caso foi um Land Rover, um Freelander. O amigo que encontrou o carro, em muito bom estado, combinou um dia para ir fazer um test drive. O dia ficou certo e a hora mais ou menos. Quando ele passou por minha casa para irmos, adivinhem o que levei na mão, uma cana de pesca pois tá claro. Ele virou-se para mim e disse-me que já tinha ido com pessoas comprar carros mas até agora nunca ninguém tinha levado uma cana de pesca para comprar um carro. São coisas de vida, se eu quero um carro para ir pescar, e não só, tenho que levar uma cana de pesca para o comprar.

Acertei o negócio e no dia combinado lá fui buscá-lo. Vim todo contente a conduzir o carro em Bissau, que nem correu muito mal e estacionei-o. Grande bronca, como nunca tinha trancado um carro com comando, não sei as voltas que lhe dei mas uma coisa foi certa tranquei-o de tal maneira que bloqueou tudo. Lá foi mais uma semana para a oficina. Entretanto lá se mudaram os pneus, que era necessário, e o óleo. Quando tudo estava pronto lá fui buscar novamente o carro. Desta vez antes de o trazer perguntei como funcionava tudo. Impecável em tudo. No sábado seguinte fui até Bula ao Lume (é um mercado que se realiza semanalmente) e fomos almoçar a Cacheu. Em bula tivemos um pequeno precalço, um colega ficou sem o telemóvel e tentaram vender-me um Joaquim Doido, tive pena em não o comprar para o provar, mas ele morria depois com o calor até Cacheu. Quando fomos até Cacheu experimentei o ar condicionado e estava um bocado diferente desde o test-drive.

A descansar debaixo de mangueiras em flor.

Na ponte
Ainda em Cacheu encontrei estes pequenos animais. Eu sou da região da Bairrada, e assim que vi isto adivinhem logo no que eu pensei. É que estavam no ponto exacto, nem mais nem menos.

E eram logo cinco.

Quando cheguei a Bissau, porta traseira não abria. Lá fui uma vez mais à oficina, resultado um fusível queimado. Como o fusível devia ser de 20 amperes e colocaram um de 10 amperes, queimou. Também me queixei do ar condicionado. Um dos responsáveis da oficina chamou o empregado que tinha montado o ar condicionado e fez-lhe logo uma fosqueta no cachaço, é que ele tinha montado a torneira ao contrário. Mas assim que lhe fez a fosqueta começaram a rir do serviço que tinha feito.
Acho que para começar não está nada mau as minhas peripécias com o meu novo cavalo. O resto são histórias da Guiné para um dia mais tarde recordar e rir do sucedido.

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